Diagnóstico deve apurar necessidades de idosos na região


Municípios vão fazer levantamento sobre casos de doenças degenerativas e congêneres

Preocupação é com os cuidados especiais que os idosos necessitam

O diagnóstico sobre a realidade e as necessidades das pessoas da terceira idade de cada município pertencente à SDR de Dionísio Cerqueira, que abrange ainda São José do Cedro, Princesa, Anchieta, Guarujá do Sul e Palma Sola, deverá ser feito por assistentes sociais, psicólogos, coordenadores de idosos, com o auxílio de profissionais da Saúde. O desafio foi lançado aos municípios durante uma reunião realizada no dia 1º de outubro, para trabalhar temas da Política Estadual do Idoso.

De acordo com a gerente de Assistência Social da SDR Dionísio Cerqueira, Loiri Albanese Moraes, em cada cidade deverá ser apurado o número de idosos acometidos por doenças degenerativas, como o Mal de Alzheimer e o Mal de Parkinson. O objetivo é ter um diagnóstico regional que aponte as necessidades e as particularidades dessa população em cada município, para depois discutir ações a favor da melhoria da qualidade de vida dos idosos.

Entre elas, a implantação de mais Centros/Dia para o atendimento de idosos acometidos por estas doenças e que estão em situação de vulnerabilidade social. Nesse sistema, seriam capacitados profissionais para cuidar dessas pessoas durante o dia ou em alguns dias da semana, enquanto a família cuidaria à noite, a exemplo dos únicos dois centros projetados em Santa Catarina, para Lages e Joinville. A meta da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação é contar com 20 Centros/Dia até 2014.

A coordenadora dos 22 grupos que integram mais de 1.200 idosos em São José do Cedro, Ester Wendpap, participou da reunião. Na opinião dela, cada vez mais é importante discutir ações preventivas e de atenção à terceira idade, já que há muitos problemas envolvendo essa faixa etária da população. A falta de atenção e até mesmo de preparo das famílias na hora de cuidar de idosos, principalmente os enfermos, são os principais problemas apontados pela coordenadora.

Ester Wendpap concorda que, até certo ponto, a criação de Centros/Dia pode contribuir para melhorar a vida de alguns idosos. Por outro lado, teme o repasse da responsabilidade das famílias para o Estado e o município. “Cuidar dessas pessoas é difícil e boa parte das famílias têm cada vez menos responsabilidade com esses idosos”, destaca.

Por isso, ela entende que uma alternativa é investir na orientação e prevenção. “Só aqui no centro da cidade nós atendemos mais de 500 idosos por semana, mas a maioria mora no interior. A gente sempre tenta inovar trazendo atividades como jogos, danças, palestras, apresentações, exercícios físicos”, explica.

PREOCUPAÇÃO QUE VAI ALÉM - Nesse mesmo sentido, o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e a Corregedoria-Geral de Justiça também se reuniram nesta semana, em Florianópolis. A finalidade do encontro é juntar esforços para garantir à terceira idade o acesso aos direitos estabelecidos por lei. “A taxa de idosos no Estado vem crescendo. Precisamos dirigir nossa atenção para essa área. O Estado precisa estar preparado com políticas públicas para esse novo perfil”, afirmou o Procurador-Geral de Justiça, Lio Marcos Marin.
Numa ação conjunta, o MPSC e Corregedoria-Geral de Justiça também querem traçar um diagnóstico da situação dos idosos no Estado para então discutir ações de proteção a essa população.

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