Associação da Amizade e Solidariedade para com a Terceira Idade


Protecção e assistência social à pessoa da terceira idade é um dever e obrigação permanente de todos os Estados do mundo-Fotografia: Santos Pedro



O mundo celebrou ontem o Dia Internacional do Idoso, consagrado pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1991, com o objectivo de sensibilizar as sociedades para as questões de envelhecimento e a necessidade de proteger e cuidar a população idosa.
Em Angola, a data foi marcada com a inauguração da sede da Associação da Amizade e Solidariedade para com a Terceira Idade (AASTI), na Vila Alice, em Luanda. A infra-estrutura dispõe de ginásio, área de lazer, e sala de informática.
A presidente da AASTI, Emília de Almeida, defendeu uma maior protecção à população idosa, no seu discurso proferido durante o acto de inauguração
Ao referir que o envelhecimento continua a ser visto como uma condição de profunda degradação, salientou que “os idosos são desvalorizados, infantilizados e muitas vezes excluídos da sociedade”. Por essa razão, acrescentou, a protecção e assistência social à pessoa idosa é um dever e obrigação de todos.
A ONU considera que o envelhecimento da população devia representar um triunfo do desenvolvimento social e da saúde pública. Os idosos são considerados pela organização como entidades importantes, que estão entre o passado, presente e futuro, já que o seu saber, vivência e experiência constituem um vínculo vital para o desenvolvimento de qualquer sociedade.
Os idosos estão divididos em três categorias: pré-idosos (entre 55 e 64 anos), os Idosos jovens (entre 65 e 79 anos ou 60 e 69 anos, para quem vive na Ásia e na região do Pacífico) e Idosos Avançados (com mais de 70 ou 80 anos).
O processo de envelhecimento da população, iniciado nos países em desenvolvimento com um interregno de cerca de cem anos em relação à Europa, mostra rápidas mudanças nessas nações, projectando um crescimento na população idosa entre 200 e 400 por cento nos próximos 20 anos. As Nações Unidas referem que a Espanha vai ser o país mais velho do mundo em 2050, com uma média de idades de 55 anos e quatro pessoas sexagenárias por cada criança. A seguir à Espanha encontram-se a Itália, Eslovénia e Áustria, com 54 anos de idade média em 2050.
Outros dez países vão ter mais de dez por cento da população com mais de 80 anos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2000 havia 600 milhões de idosos no mundo, mas este número vai duplicar em 2025. À medida que a pirâmide do envelhecimento se transforma num rectângulo deve-se compreender que a faixa etária dos 65 aos 80 anos engloba um número cada vez maior de pessoas, cujas qualidades e competências se mantêm suficientemente activas para serem cidadãos tão válidos como quaisquer outros. Os cuidados de saúde mental nesta faixa etária são extremamente negligenciados. De acordo com as estatísticas, os idosos sofrem menos perturbações psiquiátricas do que outros adultos.

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