Perda de memória nos idosos pode ser sintoma de doenças graves


Na semana do idoso, a gente começa o RJ falando da saúde da terceira idade. Um dos problemas mais comuns que aparecem com o passar do tempo é a perda de memória. Os familiares precisam ficar atentos, porque esse pode ser um sintoma de doenças graves.
Seu Caetano Corrêa tem 78 anos e mora sozinho. Ele diz que vive bem, mas sabe que já está passando por alguns momentos de falha na memória.
- O problema agora é que às vezes eu estou esquecendo um pouquinho, né? Mas eu paro um pouco aí eu lembro, mas em cima da hora eu esqueço um pouquinho – disse o aposentado.
O pai da Sônia do Espírito Santo tem 72 anos. Ela mora em Resende e ele, sozinho, em Porto Real, mas sempre visita a filha. A família começou a perceber neste ano que ele vinha se esquecendo do que tinha acabado de fazer. A situação ficou pior quando ele desapareceu.
- Perguntei a ele o que aconteceu, ele disse que estava viajando para o estado de São Paulo, que estava bem, que não faltou nada para ele, que estava bem de saúde, que comeu, que bebeu, que estava tudo bem com ele. Para ele foi um passeio, ele estava passeando. Só que ele não se lembra que foram duas semanas. No caso, ele disse que tinham três dias que ele tinha ido viajar – contou Sônia.
Ainda não se sabe qual a causa do esquecimento do pai da Sônia, mas assim como ele, muitos outros idosos enfrentam o mesmo problema.

Segundo os médicos, é comum as pessoas apresentarem uma leve perda de memória a partir dos 60 anos. Mas quando o caso começa a se agravar, aí sim é hora de fazer um diagnóstico, já que esse esquecimento pode estar relacionado a diversas doenças. Essa gerontóloga, médica especialista no estudo do envelhecimento, explica que nem todo paciente nessa situação está com mal de Alzheimer.
- Alzheimer causa mais frequência de demência ligada a perda de memória e outras funções cognitivas, mas a gente tem demência vasular, por alterações vasculares, temos as demências causadas por falta de alguns elementos, como vitaminas, falta de hormônios e por intoxicações - explicou a gerontóloga Marcilene Maria de Almeida Fonseca.
A perda de memória pode ser perigosa a partir do momento que ela começa a interferir nas atividades do cotidiano do idoso.
- Quando essa perda de memória acaba comprometendo as atividades diárias desse idoso, ou o seu trabalho, isso eu posso dizer que há um processo patológico. Pode haver um processo de demência – concluiu a médica.

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