Alterações Orgânicas do Envelhecimento


Segundo Freitas et al. (2002), o envelhecimento é um processo biológico, intrínseco, declinante e universal, o qual mostra marcas físicas e fisiológicas inerentes. As mudanças anatômicas e funcionais, próprias do envelhecimento ocorrem de indivíduo para indivíduo e não são produzidas por doenças.


Uma das mais evidentes alterações anatômicas que ocorrem no envelhecimento é na coluna vertebral, são elas:
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Lesões osteoporóticas e discoartróticas das vértebras;

Lesões dos espaços intercostais;

Aumento da curvatura da coluna;

Cifose cervicodorsal.

Essas alterações levam o idoso a apresentar uma redução na distância entre a nuca e os ombros, resultando na diminuição da estatura, que após os 40 anos diminui 1cm a cada década, com acentuação a partir dos 70 anos, porém, em indivíduos fisicamente ativos esta perda não atinge 2 cm. O tórax tende a aumentar em ambos os diâmetros, e a distância biacromial dos ombros diminui. O idoso caracteriza-se por tronco curto e extremidades longas.

É típico o ganho de peso, pelo aumento do tecido adiposo e perda da massa muscular e óssea. A distribuição de gordura é mais central, tendendo ao acúmulo no tronco. Há redução de 13 a 15% na quantidade de água corporal. A perda da densidade óssea, predominante em mulheres e pós-menopausa, pode acarretar a osteoporose (Freitas et al. 2002).

É importante enfatizar que essas alterações na estrutura corporal alteram a organização na busca pelo equilíbrio deixando o idoso suscetível a quedas, como também a perda de densidade óssea às fraturas. A redução da quantidade de água dificulta a absorção de nutrientes, eliminação e recuperação pós-exercício físico.

Segundo Freitas et al. (2002), o crânio tem seu diâmetro aumentado, há um contínuo crescimento do nariz, as orelhas tornam-se mais longas. Aparecem círculos brancos ao redor da córnea (arcus senilis). Ocorre perda da elasticidade da pele e redução do tecido subcutâneo, que reduz espessura e capacidade de sustentação, aumentando os sulcos labiais e as bolsas orbitais.

A cavidade oral perde elasticidade das mucosas (secas e atróficas), perde-se paladar, a língua perde papilas, os dentes sofrem desgastes. A calvície e o embranquecimento dos cabelos, embora sejam decorrentes de outros fatores (étnicos, genéticos, sexual e endócrinos) caracteristicamente ocorrem com o envelhecimento.

As alterações na cavidade bucal levam o idoso a uma má alimentação seja por falta de paladar ou perda da capacidade de mastigação, consequentemente enfraquecendo o organismo não permitindo ter um desempenho satisfatório na prática de atividades físicas.

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