Edifício fechado há 12 anos iniciou as obras em março e vai ser transformado em moradia residencial. O antigo Hotel Cineasta, na Avenida São João, 613, na região central de São Paulo, terá novos hospedes depois de ficar fechado por 12 anos. Com as obras iniciadas em março deste ano, o edifício ganhará novos quartos para receber artistas aposentados, como músicos, cenógrafos, bailarinos e atores.
O prédio, batizado pelos futuros moradores de Palacete dos Artistas, está entre os 50 imóveis escolhidos para fazer parte do Programa Renova Centro. O Palacete dos Artistas é o primeiro imóvel reformado pelo programa com recursos do PEPH (Programa Especial de Habitação Popular), repassados pela Caixa Econômica Federal. A previsão para a entrega é de um ano. Segundo a Sehab, o fato de receber apenas artistas não significa que os demais prédios seguirão o mesmo modelo. A intenção é atender a população em geral.
O projeto inclui a construção de 50 apartamentos divididos entre quitinetes e unidades de um dormitório. O valor da locação não pode ultrapassar 25% da renda da aposentadoria, mais o valor do condomínio. As reformas atendem às normas de acessibilidade, com a implantação de rampas de acesso na entrada, elevadores e dez apartamentos adaptados para portadores de deficiência.O edifício inclui área médica com serviços de enfermagem, fisioterapia e odontologia. Áreas de lazer, salão de festas, salas multiuso, horta e refeitório e lavanderia comunitários também estão no projeto da reforma. A participação dos artistas foi fundamental para descobrir as necessidades gerais e os desejos de cada um. Por isso, reuniões com alguns deles foram realizadas durante o projeto.
Conquista / A atriz, bailarina e coreógrafa Ray Maria Moura, de 55 anos, é a representante dos idosos que vão ser beneficiados com o programa. Ray participou desde o início e ajudou a mapear os prédio abandonados. Ela vai continuar até o final.
“Agora vamos começar a acompanhar as obras juntamente com a Prefeitura”, conta. Para a atriz, o Palacete dos Artistas é mais uma conquista. Não apenas para artistas idosos, mas para quem não tem moradia.“É mais um projeto de locação social para a terceira idade, como a Vila do Idoso, no Pari, e não está associado a nenhuma entidade da classe artística”, afirma.
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