Quando buscar um geriatra


Com o aumento na expectativa de vida mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já prevê que por volta de 2025 existam mais idosos que crianças no planeta. Mas para poder desfrutar da terceira idade em toda a sua plenitude é preciso estar atento aos cuidados com a saúde. Um deles envolve planejar como se vai chegar lá, que assistência recorrer nessa época da vida, ou quando buscar ajuda especializada de um geriatra. No entanto, muitas pessoas ainda não sabem quando é o momento correto de procurar um profissional específico para essa faixa etária, que cuide do paciente de forma global.
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De acordo com a geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Silvia Pereira, pode-se adotar o parâmetro da OMS que considera como idoso a pessoa com mais de 60 anos – e é o que afirma também o Estatuto do Idoso brasileiro. “Mas esse número serve apenas de orientação. O principal paciente que procura um geriatra é aquele que temacúmulo de doenças e isso interfere no seu dia a dia. Pode inclusive ser alguém com 45 anos, mas que já teve AVC, pressão alta, diabetes”, afirma a geriatra.
Também há o paciente que busca o geriatra por prevenção, buscando aconselhamento sobre as doenças podem vir a acometer essa fase da vida, como diabetes, depressão, pressão alta, câncer de mama, infarto entre outras. “Para os pacientes que estão saudáveis, recomendamos fazer um check up ao ano. Já quem busca um geriatra e apresenta algum distúrbio de saúde, essecheck up precisa ser mais constante”, afirma Silvia.
Papel do geriatra - Ao contrário dos especialistas, que estudam um determinado órgão ou parte do corpo, o geriatra conhece o corpo de uma forma geral e se dedica a estudar oenvelhecimento: “O geriatra analisa o paciente em todo o seu conjunto, observa as doenças em relação ao indivíduo e seu processo de envelhecimento, trabalhando inclusive com equipes multidisciplinares, como terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e até arquitetos contratados para projetar um ambiente mais adequado para o paciente”, afirma Silvia.
Cuidados - Com o passar do tempo, os cuidados pessoais precisam ser redobrados. “Não basta apenas um exame de vista rotineiro para saber se o grau dos óculos aumentou, é preciso checar se não há alguma lesão ocular, fazer provas auditivas, andar com sapatos adequados e até sapatilhas quando for o caso”, afirma a presidente da SBGG. Aliás, cuidados com os pés e os calçados são fundamentais. Qualquer dor nos pés pode se tornar um incômodo, que leva a pessoa a não querer caminhar, não se movimentando, levando uma atrofia muscular “perigosíssima nessa idade”, complementa a médica.

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