Idoso em Tratamento do Câncer

Particularidades do Idoso em Tratamento do Câncer - Cerca de 60% de todos os diagnósticos de câncer são realizados na terceira idade. Trata-se de uma população especial, pois a saúde de um indivíduo não deve ser medida apenas por sua idade cronológica (numérica). O processo de envelhecimento traz consigo o aumento concomitante de enfermidades crônicas, como pressão alta, demências (como Alzheimer), diabetes e doenças cardíacas. A repercussão das mesmas no organismo e a funcionalidade do idoso devem ser levadas em consideração na avaliação global de sua saúde e qualidade de vida.Frequentemente, o idoso faz uso de três ou mais medicamentos, tornando-o mais vulnerável a efeitos adversos causados pela “polifarmácia”. No contexto de um tratamento oncológico, isso se torna ainda mais relevante. Modificações no organismo inerentes ao processo de envelhecimento tornam este mais suscetível a efeitos adversos de medicamentos, incluindo os quimioterápicos. Alterações como proporção diminuída de água corporal, redução da função renal e o fato de o idoso sentir menos sede, tornam o mesmo vulnerável a desidratação e aumento da toxicidade dos tratamentos. Além disso, são mais prevalentes na população geriátrica reações incomuns a medicações (como, algo que usualmente daria sonolência em um jovem pode torná-lo agitado). Idosos não raro apresentam doenças com poucas manifestações clínicas ou diferentes de um indivíduo com menos idade. Ao ser acometido por uma infecção na urina ou pneumonia, por exemplo, pode somente manifestar alteração do estado mental, sem febre ou com temperatura mais baixa, mostrando-se agudamente confuso, sonolento, agitado ou variando entre os dois últimos. Fatores estes, que podem confundir a família e retardar o diagnóstico. Por isso e considerando a vulnerabilidade às infecções causada pela quimioterapia, é fundamental reportar ao médico estas alterações o mais breve possível.

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