Cuidador de idosos promete ser profissão do futuro

Estimativa do IBGE prevê que dos atuais 22 milhões de idosos no país, esse número suba para 33 milhões em uma década
Maria Lima Cunha diz que é cuidadora de idosos “desde que me conheço por Maria” 
e uma de suas pacientes, dona Jaty Eloy (foto: Valquir Aureliano)
Dedicação. Esse é o perfil básico de uma pessoa que pretenda trabalhar como cuidador de idoso. Entre outras atribuições dessa nova carreira, o cuidador deve se especializar para tornar a função profissional, uma vez que, segundo estimativas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos atuais 22 milhões de idosos da população do país, nos próximos 10 anos esse número deve subir para 33 milhões de idosos. Com isso, a demanda dessa nova carreira dever crescer e se tornar uma das profissões rentáveis do futuro.Há seis anos, o Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba) oferece curso de cuidador de idosos, em caráter permanente, para pessoas interessadas em ter uma nova atividade profissional e também reciclar conhecimentos já adquiridos por aqueles que já exercem a função. “O curso oferece em seu conteúdo, noções de práticas médicas, no que se deve ou não ser administrado por um cuidador; questões éticas, no caso de falecimento do idoso, da relação familiar; direitos do profissional; neuropsicologia e alguns outros aspectos peculiares da atividade”, explicou a coordenadora do curso, Ana Cristina de Souza Luz.
Cerca de 20% dos participantes do curso são procurados de forma quase imediata logo após a conclusão do curso, segundo a coordenação. Sobre a questão salarial, Ana Cristina ressaltou que cada cuidador trata de forma pessoal, pois depende dos serviços prestados. “Há diferenças entre os que dormem no emprego, quais os dias de folga, se serão apenas acompanhantes, mas nenhum desses serviços é pago com valor inferior a um salário-mínimo”, esclareceu.
Perfil – Não é apenas o interesse, a predisposição e dedicação que são exigidos de um cuidador de idosos. De acordo com Ana Cristina, pessoas com idade entre 30 e 45 anos são as que mais procuram o curso. “Além de ter mais experiência de vida, muitas delas vêm com intuito de ter noções para cuidar dos idosos de sua própria família, outras, se preparar para sua velhice e algumas, buscarem uma nova atividade, já vislumbrando a necessidade de mercado com mão-de-obra especializada”, detalhou a coordenadora.
Entretanto, as características de um cuidador de idosos devem ter como base a paciência (ouvir histórias do passado, lamentações, queixas de dores); nunca deixar o idoso sozinho e fundamentalmente gostar da atividade.

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