Analfabetismo entre idosos recua 40% em dez anos

Analfabetismo entre idosos recua 40% em dez anos - Em 2000, 26,3% dos idosos marilienses eram analfabetos; dez anos depois, esse índice caiu para 15,6%. Estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)  revela que a taxa de analfabetismo entre a população idosa de Marília recuou 40% em dez anos. Em 2010, 15,6% dos idosos marilienses eram analfabetos. Dez anos antes, em 2000, a taxa de analfabetismo entre a terceira idade era de 26,3%.

A aposentada Armelinda Ravazzoli, 86, nunca frequentou uma escola porque não teve oportunidade. “Era muito longe de casa. Morávamos em um sítio e não tínhamos como ir à aula. Me sinto muito mal quando preciso ler algo e não sei, sou obrigada a pedir ajuda para os meus netos ou para o meu filho. Isso me deixa muito chateada e sem graça, às vezes nem pergunto o que está escrito por vergonha. O estudo faz falta, sempre fiz questão que meus filhos estudassem. Atualmente eu não tenho mais pique para isso, mas se pudesse, com certeza estudaria.”O levantamento do IBGE aponta ainda que, em 2000, de cada 100 marilienses, seis eram  analfabetos. Atualmente, esse número caiu para 4,7. Outro dado destacado na pesquisa foi o índice de analfabetos funcionais, que somavam 37,47% da população mariliense em 2010. Analfabetos funcionais são aqueles que sabem ler, mas não compreendem e nem assimilam o texto lido.
“É complicado tocar nesse assunto, pois engloba várias vertentes. Uma delas é a progressão continuada, essa questão de o aluno não poder repetir o ano letivo. O reforço escolar também não tem cumprido seu papel, mas a reprova por si só não iria adiantar. São várias medidas que devem ser tomadas para melhorar a qualidade do ensino”, explica Carmem Urquiza, diretora regional da Apeoesp, sindicato que representa os professores estaduais.

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