Alunos do Colégio Apoio participam do Campeonato Brasileiro de Robótica. Robô lembra horário de remédios e lê poemas, entre outras funções.
Os estudantes 7º e 8º anos do ensino fundamental do colégio Apoio, no Recife, desenvolveram um robô diferente. Feito de papel machê e circuitos eletrônicos, o boneco eletrônico batizado de Lampião ajuda idosos em tarefas como lembrar o horário dos remédios, auxiliar em exercícios e até mesmo ler poemas. A equipe participa do Campeonato Brasileiro de Robótica, em Brasília, de 8 a 10 de março.
Para unir tecnologia à solidariedade, os alunos visitaram asilos e, a partir da rotina dos moradores, organizaram as opções, disponíveis em um monitor acoplado ao robô. "Entrevistamos diversos especialistas, inclusive um especialista em fisiologia, que nos disse que movimentos simples, não muito elaborados, poderiam facilmente fazer com que essa liberação do neurotransmissor acontecesse. E nós fizemos movimentos como mexer um braço, levantar uma perna, que os idosos mesmo com dificuldades possam fazer", explica o estudante Nilo Fam, de 13 anos.
Outro modelo de robô elaborado pelos estudantes, feito com peças de brinquedo de montar, simula situações enfrentadas pelos idosos, que podem ser resolvidas com ajuda. "O robô seria um ajudante do adulto, ajudaria a fazer coisas que eles têm dificuldade", conta Adriano Padrilha, de 12 anos.
Em 2012, a mesma equipe venceu o Campeonato Mundial, na Alemanha, mas o que realmente importa é o aprendizado social. "O que vai sair daqui de mais forte é a intenção de pensar sempre em intenção do outro, a robótica em intenção do outro, a robótica em favor do idoso", defende a professora de robótica Vancleide Jordão.
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