Estudo realizado em 19 países diz que a expectativa média de vida é de 67 anos no mundo e que a percepção do que significa ser velho está mudando. Está se sentindo um pouco apertado, como se o mundo estivesse menor? É possível! Afinal, no ano passado, a população mundial ultrapassou os sete bilhões. Bebês estão nascendo, mas o crescimento se deve principalmente ao aumento da longevidade da população. O mundo está mais velho. As pessoas estão vivendo mais. Atualmente 6,9 % da população mundial têm 65 anos ou mais, correspondendo a cerca de 483 milhões de pessoas – o que equivale a mais do que a população dos Estados Unidos, México e Canadá juntos.
Quais serão as conseqüências desta evolução demográfica? Isso é o que a Havas WorldWide decidiu explorar através de uma pesquisa online com 7.213 adultos em 19 países. O que os pesquisadores descobriram é que, com o aumento da expectativa média de vida (67 anos no mundo e 83 no Japão), a nossa percepção do envelhecimento e do que significa ser "velho" está mudando.
Atualmente a velhice não começa antes dos 71 anos. A maioria das pessoas se aposentam antes de realmente estarem idosas e demoram mais para sentir o peso da idade: no Brasil, 7em cada 10 dizem que se sentem mais jovens do que sua idade. Hoje, a população tem se conformado melhor com os efeitos do passar do tempo. Prova disso é que 75% das pessoas com 55 anos ou mais, disseram que não só aceitaram o envelhecimento como também tudoo que vem com ele. Em contrapartida, 23% do estudo disseram que pretendem combater o envelhecimento de todas as formas possíveis.
Imagem: Shutterstock
"Para muitos, a motivação de uma cirurgia estética para parecer mais jovem, vai além da vaidade. 52% dos entrevistados afirmaram que passariam por uma cirurgia estética para não terem que lidar com o preconceito que a velhice traz, inclusive no ambiente de trabalho. Já não é mais tanto sobre como você se olha, mas como você se sente e como o mundo olha para você", diz Mauricio Kato, CEO da Havas São Paulo.
Com os anos passando e a idade avançando, outros problemas surgem na cabeça das pessoas. Segundo a pesquisa, dois terços da população são moderadamente a extremamente preocupados com a perda da independência, mobilidade e segurança financeira que a velhice pode acarretar.
Estas preocupações sobre os aspectos negativos do envelhecimento estão levando as pessoas a se questionarem se realmente querem viver por muito tempo. Quando questionados sobre uma pílula que pudesse garantir a vida até os 100 anos, porém sem garantia em relação ao estado físico ou mental, apenas 28% disseram que tomariam a pílula. Quatro em cada 10 entrevistados disseram que não gostariam de viver até os anos 90, preferindo morrer mais jovem, porém menos frágil e mais independente. Entre homens e mulheres, é o sexo feminino que se mostra mais preocupado em perder sua qualidade de vida antes de morrer. "No nosso novo mundo, as pessoas estão obcecados com a ideia de autonomia e mobilidade ao longo da vida, o que muda totalmente a relação com o envelhecimento", diz Bronson Smithson, VP de Planejamento da Havas.
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