Segundo pesquisa americana, pressão arterial elevada reduz volume de regiões do cérebro envolvidas na cognição
Hipertensão: fatores de risco incluem tabagismo, consumo de bebida alcoólica, obesidade, stress, alta ingestão de sal, colesterol alto e sedentarismo (Thinkstock)
A pressão arterial elevada, mesmo em níveis considerados insuficientes para que uma intervenção clínica seja feita, é capaz de acelerar o envelhecimento cerebral em adultos, concluiu um estudo publicado na edição deste mês da revista médica The Lancet. A pesquisa mostra evidências de que a condição em pessoas de 40 anos afeta de forma negativa as massas cinzenta e branca do cérebro, regiões envolvidas na memória e na cognição. Para os pesquisadores da Universidade da California em Davis (UC Davis), nos Estados Unidos, essa descoberta enfatiza a importância de um tratamento precoce contra hipertensão.
Saiba mais:
HIPERTENSÃO
A condição é caracterizada por um aumento anormal da pressão nas artérias. Pode não apresentar sintomas durante anos, o que a torna ainda mais perigosa, sendo capaz de provocar doenças como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, infartos do miocárdio e lesões nos rins. Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão acontece quando a pressão sanguínea se mantém com frequência acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg). Os fatores de risco para o problema incluem tabagismo, consumo de bebida alcoólica, obesidade, stress, alta ingestão de sal, colesterol alto e sedentarismo. Evitar hábitos como esses é uma maneira de tratar a hipertensão, que não tem cura. Homens de até 50 anos e mulheres acima de 50 anos são os mais acometidos.
A condição é caracterizada por um aumento anormal da pressão nas artérias. Pode não apresentar sintomas durante anos, o que a torna ainda mais perigosa, sendo capaz de provocar doenças como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, infartos do miocárdio e lesões nos rins. Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão acontece quando a pressão sanguínea se mantém com frequência acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg). Os fatores de risco para o problema incluem tabagismo, consumo de bebida alcoólica, obesidade, stress, alta ingestão de sal, colesterol alto e sedentarismo. Evitar hábitos como esses é uma maneira de tratar a hipertensão, que não tem cura. Homens de até 50 anos e mulheres acima de 50 anos são os mais acometidos.
A massa cinzenta está envolvida no controle muscular, memória, fala e nos processos de percepção sensorial, como visão e audição. A substância branca, por outro lado, conecta regiões do cérebro envolvidas no processamento das emoções, atenção, tomada de decisão e controle cognitivo. É normal que o cérebro diminua quando uma pessoa atinge uma idade mais avançada e, portanto, que essas funções sejam prejudicadas com o envelhecimento. Mas, afirma a pesquisa, a hipertensão acelera esse processo. "A mensagem dessa pesquisa é bem clara: as pessoas podem influenciar a saúde de seu cérebro na velhice tratando a pressão alta ainda jovens, quando os pacientes não costumam dar importância a isso", afirma Charles DeCarli, que coordenou o trabalho.
Leia também: 1 em cada 3 adultos em todo mundo têm hipertensão
O estudo selecionou 579 pessoas com uma idade média de 39 anos. Quando a pesquisa começou, em 2009, os pesquisadores mediram a pressão arterial dos participantes e os dividiram em três grupos: os que tinham pressão arterial normal, os pré-hipertensos e os hipertensos. Depois, os indivíduos foram submetidos a uma ressonância magnética para que a equipe pudesse analisar detalhadamente o cérebro de cada um.
'Cérebro velho' — De acordo com os resultados, os cérebros dos participantes com pressão arterial elevada pareciam estar mais envelhecidos do que os das pessoas com pressão normal, já que apresentavam menores volumes de massas branca e cinzenta. Por exemplo, os pesquisadores observaram que o cérebro de um paciente de 33 anos com pressão alta era semelhante ao de um indivíduo acima de 40 anos e com pressão arterial normal.
No artigo, porém, os autores do estudo não souberam explicar de que forma a pressão sanguínea é capaz de acelerar o envelhecimento cerebral. No entanto, eles acreditam que isso tenha relação com o fato de que a hipertensão torna as artérias mais rígidas, o que dificulta o fluxo do sangue ao cérebro e, assim, fornece menos oxigênio e nutrientes ao órgão.
Comentários
Postar um comentário
Comentarios e Sugestões