Saber aos 20 anos que você terá uma doença degenerativa e sem cura ao envelhecer. Mais uma vez, o dilema surge na comunidade médica. Por meio de exames de ressonância magnética e de análise sanguínea, pesquisadores do Instituto Banner de Alzheimer, nos Estados Unidos, identificaram indicadores precoces do mal de Alzheimer em indivíduos com idade entre 18 e 26 anos. Os participantes não haviam manifestado sintomas do mal, nem mesmo apresentavam lesões cerebrais durante o estudo. Ainda assim, sofrerão com a doença, garantem os cientistas. Os resultados foram publicados na revista The Lancet desta semana e podem levar a uma detecção precoce do Alzheimer, até agora confirmado apenas com exames feitos após a morte do paciente.
Para descobrir quais seriam os primeiros sinais detectáveis do problema, os cientistas identificaram 20 indivíduos com uma mutação no gene PSEN1 que caracteriza uma forma rara e hereditária da doença. Eles foram comparados a 24 pessoas da mesma faixa etária e sem a alteração. As diferenças entre os grupos quanto à função e à estrutura cerebral foram significativas. Os pacientes que tinham a mutação apresentaram uma quantidade de proteína beta-amiloide no líquido cérebro-espinhal (fluido que ocupa o espaço entre o crânio e o córtex cerebral) expressivamente alta.
Comentários
Postar um comentário
Comentarios e Sugestões