Envelhecimento da população requer novas políticas, afirma Luiz Noé









Para Noé, é necessário reforçar a qualidade de vida

A sociedade mudou. Envelhecer hoje não como há décadas e o número de idosos está crescendo. Antigamente, chegar à idade avançada poderia ser considerado um fenômeno, hoje é realidade na maioria dos países. Com base nos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 1960, de 2000 e de 2010, observa-se que em 50 anos a população brasileira passou de 70 milhões para 190,7 milhões, número quase três vezes maior.

Mas o crescimento do número de idosos foi ainda maior. Na década de 1960, esse percentual da população era de pouco mais de 3 milhões, sendo 4,7% da população. Já em 2010, subiu para 14,5 milhões, correspondendo a 8,5% dos brasileiros.
Estima-se que em 2050 existam no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas com 60 anos ou mais, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento, como o Brasil. De acordo com o IBGE, a população de idosos representa um contingente de quase 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

O envelhecimento da população se dá devido a inúmeros fatores, como a avanços da medicina, de melhorias nas condições de saneamento nas cidades, da diminuição da taxa de fecundidade, entre outros, que geram maior desenvolvimento social, maiores índices de qualidade de vida e o aumento da expectativa de vida.
O hiato entre as faixas etárias está cada vez maior e um fato que contribui para isso é a baixa taxa de fecundidade. Segundo o Censo de 2010, cada brasileira tinha em média 1,9 filhos, número que caiu 20,1% na última década considerando que em 1960 a taxa de fecundidade era de 6,3 filhos por mulher.

Alguns países onde a população idosa aumentou significativamente deram início a políticas públicas de incentivo para que as mulheres tivessem mais filhos, na expectativa de "repor" a população do país. Mesmo a população tendo crescido 20 milhões no Brasil entre 2000 e 2010, a quantidade de crianças diminuiu. Em 2000, os brasileiros com menos de 10 anos eram cerca de 30 milhões, já em 2010, o número caiu para 28,7 milhões.

O Brasil ainda é um país com mais jovens do que idosos e eles representam uma gama de indivíduos no mercado de trabalho. Todavia, a tendência é de que a população torne-se cada vez mais velha e isso requer medidas relativas a questão da previdência social, uma vez que o sistema precisa ser sustentado. "Precisamos ter a capacidade de planejar e desenvolver estruturas e políticas em diversas áreas, como cultura e infraestrutura, para reforçar a qualidade de vida. Temos um exemplo disso do outro lado do mundo, na China, a população de idosos é grande, e têm espaço reservado para atividades de lazer e cultura. Envelhecer não é doença", coloca o deputado federal Luiz Noé (PSB-RS).

Com o objetivo de reduzir o déficit da Previdência, o Congresso Nacional aprovou um novo fundo complementar para o servidor público federal, mas o projeto ainda precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff. Outro desafio é garantir que o envelhecimento da população se dê de forma ativa e saudável, para que esse grupo da população brasileira possa ter condições de viver sua com qualidade. "Em 2025, o Brasil será o 6º país com maior população de idosos do planeta e por isso precisa de estrutura para tal. Cabe ao poder público solucionar os conflitos presentes, vencer os desafios e proporcionar boas condições de vida para os brasileiros no futuro", ressalta o deputado Luiz Noé.

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