Tratamento do Alzheimer melhora a qualidade de vida do idoso e familiares



Perda progressiva da memória, principalmente para fatos recentes ,desorientação no tempo e espaço, dificuldade para encontrar palavras, disfunções no sono e agressividade são alguns dos sintomas da Doença de Alzheimer (DA). Segundo pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cerca de 1,2 milhões de pessoas com mais de 60 anos sofrem dessa doença.

Trata-se de uma doença neurodegenerativa que acarreta alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem e planejamento) e muitas vezes também do comportamento . Com a progressão da doença ocorre uma limitação nas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas. A doença de Alzheimer é um tipo de demência, que atinge pessoas com a idade mais avançada, com inicio mais frequente após os 65 anos.

Na grande maioria dos casos o primeiro sintoma é a perda de memória para fatos recentes. É importante salientar que esta perda de memória deve representar um declínio em relação ao funcionamento anterior e que também deve ser de intensidade suficiente para interferir com o desempenho do indivíduo em suas atividades diárias. Ou seja, uma perda de memória leve e ocasional não deve ser valorizada da mesma forma. Com a evolução do quadro, a pessoa se torna cada vez mais silenciosa, agressiva, confusa e dependente dos outros, pois ela já não consegue realizar atividades básicas do dia a dia, como por exemplo, alimentar-se, locomover-se, higienizar-se, entre outras.

O diagnóstico da doença é feito pela identificação do quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, por meio dos exames complementares (laboratoriais e de imagem)”, completa a neurologista do Hospital Daher, Vanise Amaral.

O tratamento da doença de Alzheimer inclui intervenções medicamentosas e não medicamentos as com o objetivo de retardar a progressão da doença, melhorar a memória e as funções mentais, controlar os transtornos de comportamento, além de melhorar a qualidade de vida do paciente e das pessoas próximas.

O tratamento não medicamentoso da doença de Alzheimer é dirigido não apenas ao paciente, como também aos seus familiares e cuidadores. “Orientações sobre a natureza e a evolução da doença, sobre como lidar com eventuais comportamentos inadequados ou mesmo agressivos, além de adaptações e modificações necessárias no ambiente, e programas de atividades específicas para os pacientes, são exemplos de tais medidas. A participação de outros profissionais de saúde, particularmente aqueles que trabalham no campo da reabilitação, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, além de profissionais de enfermagem, é de grande importância”, afirma a neurologista.

Portanto, atividades físicas, boas noites de sono, lazer, evitar maus hábitos como bebida alcoólica e fumo, e uma boa alimentação são ótimas maneiras de preservar a saúde mental e diminuir o risco de a pessoa ter doença de Alzheimer.

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