Ter pele corada não é só uma questão estética, é também sinônimo de saúde. Foi cientificamente comprovado que cerca de 90% de toda a vitamina D que o corpo humano necessita provém da luz solar e apenas 10% dos alimentos e de outras fontes. Por isso, os médicos chamam a atenção das pessoas para a necessidade de se exporem ao sol pelo menos duas vezes na semana durante 15 minutos. O período é o mesmo para jovens, idosos, adultos e crianças e é o suficiente para evitar algumas doenças, como a osteoporose.
“A luz solar é vital para o nosso organismo, pois produz vitamina D, age como fixador de cálcio e promove a liberação de endorfina, que é a substância responsável pela alegria. Por isso que em países frios, com pouca incidência solar, as pessoas são mais suscetíveis à depressão”, informou a presidente da Sociedade Baiana de Dermatologia, Ivonise Folador.
No entanto, a médica alerta para alguns cuidados que devem ser tomados para evitar que o benfeitor não se transforme em um grande vilão.
“O sol é um amigo. O problema está no excesso e na forma inadequada de se expor. Não precisamos nos torrar para produzir a vitamina D. Pelo contrário, isso só vai nos causar outros problemas de saúde, a exemplo do envelhecimento precoce e do melanoma (câncer de pele), que de 1955 pra cá cresceu 670%, sendo muito associada à radiação solar”, disse. Apesar dos números alarmantes, a dermatologista ressalta que não se deve criar um terrorismo em função disso. “O importante é respeitar os horários, evitando o sol das 10h às 16 horas, quando a luminosidade é muito forte. Além do mais, mudou a cultura do bronzeamento. Graças a Deus, as pessoas hoje querem tom de pele dourado, rosado e não queimado ao sol”, observa.
A balconista Andreia Moura desconhecia os benefícios do sol, mas inconscientemente sempre recorria a ele para se sentir melhor. “Eu já tinha percebido que quando eu tomava um solzinho pela manhã eu ficava mais disposta e feliz, pois eu já sofri de depressão e coincidentemente foi no período em que eu ficava trancada emcasa, sem ver a luz do dia. Cheguei a ficar pálida e doente”, conta. Agora que já sabe dos efeitos terapêuticos dos raios solares, Andreia disse que não vai mais ficar sem eles. Todavia, os médicos pedem moderação, além do uso de roupas adequadas, bonés, óculos escuros e, claro, protetor solar.
“Poucos minutos diários sob uma sombra já são suficientes. Não é preciso tomar sol no rosto ou no busto, apenas nas pernas, braços e mãos”, salienta Dra. Ivonise.
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