Embora vista como sendo um sintoma natural do envelhecimento, a perda de memória após os 65 anos de idade deve ser levada a sério. Isto porque este pode ser um sintoma da doença de Alzheimer que afeta nada menos que 36 milhões de pessoas no mundo e
1,5 milhão, no Brasil. No dia 21 de setembro, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Alzheimer, doença progressiva causada pela deterioração dos neurônios, que representa até 70% das demências. Entre suas características principais estão problemas de memória, alterações no comportamento, como agitação, insônia e choro fácil e a perda de habilidades, como dirigir e até mesmo se vestir e cozinhar.
No entanto, o diagnóstico de Alzheimer não deve ser considerado uma sentença de morte, já que a medicina tem terapias que atuam na prevenção e na reabilitação do idoso com o objetivo de melhorar sua autonomia e qualidade de vida. Com exercícios diversificados e especiais para cada necessidade, a fisioterapia visa a melhorar a força muscular, o equilíbrio, a capacidade respiratória, a incontinência urinária, a postura, diminuir as sensações de dores, bem como contribuir para a boa flexibilidade e a coordenação motora. De acordo com a fisioterapeuta geriátrica Áurea Gonçalves Ferreira, a sua especialidade consegue obter resultados no tratamento de portadores do mal de Alzheimer, mas também da doença de Parkinson.
A especialista afirma que as duas doenças degenerativas podem levar o paciente ao óbito, embora o mal de Alzheimer tenha um progresso importante, de cinco a dez anos após o diagnóstico. Mas Áurea Gonçalves destaca que, especialmente no caso do Parkinson, a morte acontece, se nada for feito para diminuir a progressão da doença e seus efeitos sobre a vida do portador. “Enquanto o Alzheimer é uma doença silenciosa, o Parkinson, que tem quatro fases, é visível a partir da primeira etapa. No caso do Alzheimer, a doença atrapalha o trabalho dos neurônios quando a pessoa busca formar um raciocínio e a cognição, pois a doença atua causando degeneração da memória, do raciocínio e da coordenação motora”, frisa Áurea.
Conforme a fisioterapeuta, para evitar a progressão e as limitações das duas doenças, o ideal é buscar um diagnóstico cada vez mais precoce. “Por serem doenças genéticas, quanto melhor a qualidade de vida, mais tempo se poderá atrasar seu desenvolvimento, sendo que o diagnóstico precoce é feito somente com avaliação física. O Alzheimer é muito confundido com a demência do envelhecimento, que todos nós um dia poderemos desencadear, através do esquecimento, que é algo normal da idade avançada.
É sempre bom, porém, buscar o diagnóstico objetivo de um profissional”, completa.
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