Câncer de sangue - doença atinge em média idosos de 60 a 70 anos


SP tem ação na semana contra câncer de sangue - Semana de Conscientização do Mieloma Múltiplo explica à população os sintomas e tratamentos da doença.O mieloma múltiplo é o segundo tipo de câncer hematológico mais frequente, ficando apenas atrás do linfoma não-Hodgkin. Ele é pouco conhecido e, por isso, acaba sendo diagnosticado já em estágio avançado.
câncer de sangue / ShutterstockA doença, que representa 10% de todas as hematológicas, é um câncer da medula óssea complexo, causado pelo crescimento descontrolado de células plasmocitárias, atacando e destruindo os ossos.
De acordo com o hematologista Edvan Crusoé, a doença atinge em média idosos de 60 a 70 anos. Embora estes sejam os principais pacientes, pessoas jovens também podem sofrer com o mieloma múltiplo. Estudos estimam 17 mil novos casos todos os anos no Brasil.
A Semana de Conscientização do Mieloma Múltiplo, com o tema: "Se você não suspeitar, não vai diagnosticar”, está sendo promovida de 18 a 23 de setembro para conscientizar a população sobre a doença, seus sintomas e tratamentos. Em São Paulo, a campanha acontece hoje.
Informativos sobre as necessidades e preocupações do paciente com o mieloma múltiplo serão distribuídos em diversos pontos estratégicos de nove cidades do Brasil e um Fórum de Conscientização sobre o Mieloma Múltiplo será realizado em cada uma delas.
A distribuição acontecerá nas estações de metrô Itaquera, Ponte Pequena e Clínicas, na Avenida Paulista, na bifurcação metrô/trem João Dias e na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Já o fórum aconterre na Avenida Paulista.
Sintomas - Dr. Edvan explica que a doença pode não apresentar sintomas característicos, sendo o caso de fazer exames regularmente, porém os mais comuns são dor nos ossos, principalmente na coluna, anemia, insuficiência renal, cálcio elevado no sangue e infecções.
Para o diagnóstico do mieloma múltiplo é necessário realizar a eletroforese de proteínas séricas, que é um exame de sangue simples. Exames complementares também devem ser feitos, como a radiografia para detectar lesões ósseas e biópsia.
Tratamento - Nos últimos dez anos houve um grande avanço no tratamento com novas drogas e protocolos terapêuticos. “Esta doença do sangue ainda não tem cura, mas existem tratamentos muito bons que podem controlar por vários anos o mieloma múltiplo”, afirma o hematologista Edvan Crusoé.
Hoje, 70% dos pacientes brasileiros são tratados com quimioterapia convencional, em que são usadas diversas combinações de medicamentos. O transplante de medula é realizado em 25% dos pacientes e 5% não faz tratamento.

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