Ansiedade e depressão reduzem expectativa de vida, mesmo em níveis leves


Não são apenas as pessoas com altos níveis de ansiedade e depressão que devem buscar auxílio médico. Mesmo níveis leves de ansiedade e depressão devem ser combatidos para a melhoria da qualidade de vida.

Uma nova pesquisa mostra que esses transtornos psiquiátricos, ainda que em graus relativamente baixos, podem reduzir a expectativa de vida. Quanto maior o nível de sofrimento psicológico, maiores são as chances de morte por doença cardíaca e outros fatores.
A diminuição da expectativa de vida pode estar ligada não só diretamente ao transtorno psicológico, mas também por comportamentos nada saudáveis que muitas vezes acompanham a depressão e a ansiedade – como beber e fumar em excesso. Em certos casos, pessoas buscam até mesmo drogas mais pesadas para tentar diminuir seu sofrimento.
O estudo se baseou em informações fornecidas por mais de 68 mil adultos que participaram de uma pesquisa nacional de saúde na Inglaterra entre 1994 e 2004. O que mais surpreendeu os pesquisadores foi que até mesmo pessoas com níveis muito baixos de depressão e ansiedade podem estar com a saúde em risco. Pessoas que passaram noites acordadas por preocupações ou que mostraram problemas de concentração, por exemplo, foram cerca de 20% mais propensos a morrer durante um período de dez anos em comparação às pessoas que não relataram esses sintomas.
Os números da pesquisa assustam: quem sofre com ansiedade e depressão leve foi 29% mais propenso a morrer por doenças cardíacas ou acidente vascular cerebral (AVC). Pessoas com níveis moderados de transtornos psiquiátricos tiveram 43% mais chances de morrer por qualquer causa. Altos níveis de estresse, ansiedade e depressão aumentaram em 94% as chances dos indivíduos morrerem em relação às pessoas sem esses problemas.
Tratamento - O Brasil é o país com a maior prevalência de depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Se você sofre com a doença ou com outros transtornos, como a ansiedade e estresse, é importante buscar ajuda médica. “Há evidências de que a depressão é um fator de risco para doenças cardiovasculares”, afirma Viola Vaccarino, cardiologista e professor da Universidade Emory, nos Estados Unidos. “Este estudo é um dos muitos que encontraram este tipo de associação”.
Existem várias maneiras de lutar para combater ou minimizar a depressão e a ansiedade. Práticas como meditação, que incentivam o relaxamento, podem diminuir o risco para doenças cardíacas e pressão alta. Atividades físicas também são importantes. Além desses exercícios, muitas pessoas se sentem melhor com terapias e acompanhamento psicológico. O ideal é conversar com um médico e psicólogo experiente para descobrir a melhor maneira de aliviar sua angústia e ter mais qualidade de vida. [WebMD/Yahoo/Galileu]





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